terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Por que?

Passei uma semana em cólicas de nervosa por causa da tatuagem, quase liguei informando minha desistência. Mas catei o pouco de coragem que eu tinha e coloquei a bolsa no ombro indo em direção ao ponto de ônibus. É, minha mulher me deixou a pé, teve que ir a uma cidade visinha, então teria que enfrentar a lotação. Sentei atras me esquivando de toda aquela gente estranha. Uma tortura de 25 minutos, mas que finalmente acabou quando desci na calçada a 2 quadras do apartamento da tatuadora, sim, sabe se la por que ela não montou um lugar próprio pra isso, mas a questão era que ela iria me atender no apartamento dela. Cheguei na portaria mostrando o cartão pro carinha que ficava ali e me dirigi ao elevador apertando o 9, mano ela não mora tão longe mas por que no 9º andar? 

Senti uma sensação estranha no estomago ao apertar a campainha, abri a bolsa catando o papel com o desenho da tatuagem e olhei pra frente quando a porta se abriu. Aqueles olhos, aquela boca, aquelas tatuagens tão conhecidas pelos meus dedos, pela minha boca, desmanchei meu sorriso tentando me manter em pé, mas não vi mais nada. Abri os olhos achando que arrecem estaria acordando, na minha casa, que nem havia saído ainda, mas aqueles olhos azuis não me deixaram acreditar naquilo. Levantei assustada me afastando dela, colocando as mãos no meu rosto, apavorada com aquilo, foram 5 anos, cinco anos tentando arrancar de mim aqueles olhos azuis, tentando esquecer que um dia a conheci, mas agora ela estava ali, de novo a poucos metros de mim, tão linda. [http://24.media.tumblr.com/tumblr_lxl0w13X3F1qi3tb0o1_400.jpg] Senti sua mão envolver um dos meus pulsos, retirando-o do meu rosto, me olhou fascinada, como se estivesse conferindo cada centímetro de mudança do meu rosto. Sorriu e sentou no sofá me fitando travessa.


C- Oi, você vai ficar o dia todo ai ... em pé?
A- Mas eu ... voce ..como ... ah shit! (andando em circulos)
C- Da pra parar? (me segurando pelos braços) Vem, quero ver o que voce vai tatuar.

Andamos até uma sala espaçosa, bem clara, mas com varios posteres, e uma cama daquelas tipo dentista, mas sem as aparelhagens. Sentei olhando ainda boba pra ela...

C- Trouxe o desenho?
A- Si...sim trouxe (o entregando pra ela)

Olhou atenciosa, e saiu do comodo com a folha na mão, voltou pedindo pra tirar as roupas da parte de cima, me deixando completamente vermelha e sem graça. Tirei a blusa pedindo pra ela abrir a emenda do meu sutiã, seus olhos correram rapidamente pelos meus seios, fugindo assim que os meus encontraram os dela, deitei a olhando mexer num outro tipo de folha, com o mesmo desenho só que maior, grudou sobre as minhas costas e sentou do meu lado.

C- Medo?
A- Pouquinho. Hãm ... dói?
C- Não muito, é suportável.
A- Que bom, então ... não vai me contar o que fez nesses 5 anos?
C- Eu ... fui embora e conheci uma garota que na época era tatuadora, terminei a escola e aprendi muita coisa com ela, agente (torcendo a boca) meio que morou junto, ai ela foi embora pra Londres e eu comecei a fazer curso pra tatuar, a 2 anos atras, e bem, fiz um pequeno sucesso por la e bem ... esse ano cansei de la, resolvi voltar ... abrir meu negocio aqui. Não esperava te encontrar, pra mim você ja tinha saido dessa cidade a tempos.
A- Poisé, mas não sai.


Ela levantou arrumando a maquina, provavelmente pra começar o sacrifício, pousou uma mão com a luva emborrachada na minha pele "Pronta?", fechei os olhos respondendo que sim, a dor era chata, encomodava, mas era suportável como ela disse. Foram 3 horas de tortura, ela pegou um espelho me mostrando o lindo trabalho, taquipariu ficou perfeita [http://27.media.tumblr.com/tumblr_lxl0xgbsvA1qi3tb0o1_500.jpg], tapou minhas costas com um tipo de plastico me dando todas as instruções de como cuidar, caminhamos até a porta da sala em silêncio, ela abriu me fitando desorientada.

C- Então, você volta daqui 2 semanas pra mim dar o retoque.
A- Ta, então eu vou indo (me inclinando pra apertar a mão dela)
C- Ta...ta bom (me puxou pela mão, deixando seus labios escaparem num selinho cheio de saudades), tchau então.
A- Tchau 

Virei chamando o elevador, antes que eu pirasse e acabasse voltando praquele apartamento pra acabar com a minha saudade dela. Cheguei na rua avistando o carro da Rafa, como combinado que ela iria me buscar, entrei nervosa dando um selinho rápido nela. Perguntou-me como foi, e eu disse em poucos detalhes dando a entender que foi torturante, disse que em casa mostraria, eu não conseguia tirar aqueles olhos da minha cabeça, precisava dar um jeito dela não desconfiar, porque eu devia estar super aérea, com uma cara de idiota. Mas como não estaria, 5 anos sem ver a Cher, e ela volta agora me fazendo sentir tudo aquilo de novo, por que?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Tédio ;s

Abri meus olhos totalmente relaxada, o que um cochilo não faz. Olhei pro meu braço com uma marca super roxa e fusilei ela ainda dormindo, agora teria que apelar pra maquiagem, sim porque minha mãe não pode ver uma marca em mim que ja vem com os mesmos papos 'Mas filha me diz como é" "Violenta a noite/tarde/manhã ein" e bla bla bla, tudo que eu menos queria era ela perguntando da minha vida sexual. 

Levantei com cuidado pra não acordá-la e vesti minha roupa que havia sido abandonada no chão. Eu nunca gostei de limpar a casa, mas depois de praticamente 5 anos e casada como eu me encontro, aprendi até mesmo a cozinhar, e levo jeito pra isso ... ela adora minha comida. Sai catando as roupas sujas e colocando-as na maquina pra lavar enquanto eu limpava a cozinha e a sala, parecia a casa de dois furacões e não de duas mulheres, ri do meu pensamento juntando uma saia dela dos pés do sofá. Depois de dar uma de dona de casa precisava de mais um banho, claro. Entrei pé por pé no banheiro ja despida, entrando de baixo da água gelada, tava muito calor. Escutei a portinha do box abrindo e logo suas mãos estavam em torno da minha barriga, mordendo meu ombro. Sorri pousando minhas mãos em cima das dela, sobre a minha barriga.

R- Por que não me acordou pra te ajudar?
A- Tava tão linda dormindo que deu pena.
R- É mesmo? (mordendo forte meu pescoço)
A- Não Rafa! Olha (erguendo meu braço pra ela), sério ... não quero interrogatórios maternos.

Ela riu me virando de frente, enchendo meu rosto de beijinhos, misturados com a água que descia pelos nossos rostos, me abraçou forte praticamente me esmagando.

R- Eu te amo.
A- Eu também, amor.

Suas mãos escapavam pelo meu corpo querendo me acender de novo, mas eu a estapeava só de pirraça 'para amor, quase na hora deles chegarem, e eu ainda tenho que tapar meus roxinhos', mordi a boca dela escapando do box, a olhando pelo lado de fora, ri ao vê-la grudar seu corpo no vidro embaçado, deixando visíveis seus biquinhos, ergueu o indicador escrevendo no vidro 'por favor?', ri e balancei a cabeça negativamente saindo definitivamente do banheiro, seria muito risco fazer isso agora, quase na hora de todos chegarem. 

Tentei de tudo que eu pude, e consegui tapar as marcas mais visíveis do meu corpo, e la estava eu, tentando ser paciente diante da minha mãe e o restante, esses jantares eram de praxe, sempre a mesma coisa, presenitnho aqui, presentinho ali, boas horas de conversa, as fugidas da minha mãe pra me pegar sozinha e começar a me interrogar sobre como a Rafaela era na cama, isso me tirava do sério, eu ria caminhando pela casa com ela na minha cola. E por fim acabavam cansando e meu sogro tinha vôo logo cedo, acabavamos sozinhas, fechando a noite com ... um bom sono. Sim, não tem como mover um musculo de cansada depois dessas festinhas entediantes.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Love in the afternoon

Cheguei largando minha bolsa no chão as pés da cama e deixei meu corpo experimentar a sensação gostosa da cama geladinha, eu adorava isso. Mas Rafaela nunca me deixava aproveitar, ela mal me deixava descansar, e vinha me agarrando, ta eu adoro isso também, mas é tão gostoso isso. Fiquei passando as mãos sob a colcha gelada enquanto ela tomava banho. Cansei do meu minuto de criança e sentei na cama alcançando a bolsa, peguei o papel com o desenho da minha tatuagem e fiquei ali olhando por um bom tempo, até que escutei o chuveiro sendo desligado. Larguei o papel sobre a cama e me dirigi ao roupeiro catando uma roupa qualquer, joguei a toalha sobre o ombro e caminhei até o banheiro. Fiquei admirando-a enquanto largava minhas roupas na bancada, sorri ao encontrar seus olhos cor de mel. Ela era tão linda, me fazia ficar boba com seu encanto todo, tanto que me hipnotizava, sem perceber já estava sendo grudada contra a bancada.

A- Hey (fugindo da boca dela) , calma apressadinha, posso tomar banho primeiro?
R- (mordendo seu próprio labio) pode sim.

Me deu um beijo lento cheio de carinho, como se me desse uma pequena amostra do que eu teria ao sair do banho. Sorri dando um tapa na bunda dela assim que ela virou de costas saindo pela porta do banheiro, me olhou travessa e saiu sem nada dizer. Liguei o chuveiro tentando não me incomodar com o que viria mais a noite, sim todos os meus aniversários minha mãe e o Tiago vinham pra cá, e conseqüentemente o pai da Rafa também vinha. Eu realmente não gosto dessas festinhas e jantares sabe, me estressa. Eu prefiro mil vezes ficar com ela aqui no nosso quarto, recebendo todos os beijos dela, do que estar fazendo sala pra parentes, sei la, sei que sou estranha, mas eu tinha que fazer isso. Meu sogro trabalhava fora do país e vinha 2 vezes no ano pra cá, no meu aniversário e no da Rafa. Não poderia jamais fazer essa desfeita. Mordi o lábio terminando de tirar todo o shampoo do meu cabelo, olhei pro espelho balançando a cabeça negativamente e desliguei o chuveiro, olhei pras minhas roupas em cima da bancada e olhei de relance pro quarto, rindo de mim mesma, as peguei e pus sob o braço entrando no quarto totalmente nua. Olhei pra ela, que se encontrava da mesma forma deitada na cama, mordi o lábio deixando minhas roupas caírem no chão. Aquela pele branquinha me tirava do sério, beijei seu ombro enquanto recostava minha cabeça por ali.

A- Ta pensando no que?
R- No quanto você deve estar irritadinha por causa da janta de hoje a noite.
A- Não eu to bem (olhei em volta), e por falar nisso tenho que dar um jeito na cozinha e na sala.

Seu braço sumiu debaixo da minha cabeça e em poucos segundos ela estava de 4 sobre mim, foi chegando pertinho roçando seus lábios pelos meus carinhosamente, sussurrando entre beijinhos molhados até a ponta da minha orelha 'depois linda'. Cada toque dela, era como se meu corpo reagisse cada vez mais em um nível mais alto, suas mãos escorregavam pela minha barriga arranhando-a com leveza e calma, numa tortura horrível, coloquei as mãos nos seios dela massageando com calma, vi seu sorriso brilhar e rapidamente sua mão segurar meus pulsos sobre o colchão, ela gostava de me enlouquecer, aquela boca vagando sem pressa pelos meus biquinhos entre mordidinhas e chupões que me deixavam cada vez mais com manchas arroxeadas. Era inevitável não arrepiar e gemer sem nenhum tipo de controle 'a..amor não tor..tortuura aassim', disse quando senti sua língua deslisando pelo meu ventre, descendo pela minha coxa, instintivamente abri mais minhas pernas tentando controlar alguns gemidos, em vão! Assim que sua língua me invadiu senti os músculos da minha barriga retesarem, e os gemidos saírem sem aviso nenhum. Meu sexo queimava a cada vez que sentia sua língua perdida no meu clitóris, enruguei a testa sentindo cada solavanco que meu corpo dava com os movimentos dos dedos dela dentro de mim, minhas mãos livre correram entre os cabelos dela apertando com força, a puxando cada vez mais pra mim, como se quisesse que ela entrasse no meu sexo, A combinação de seus dedos e sua língua em mim me fizeram soltar um grito mais alto, suspendendo a respiração sentindo o orgasmo chegando, tremi arqueando o corpo, tendo espasmos fortíssimos, sentindo todo meu intimo pulsar descontroladamente na boca dela. Fechei os olhos gemendo com dificuldade, minha voz rouca chamando pelo nome dela, sentindo todas as correntes elétricas que corriam pelo meu corpo começarem a diminuir, larguei meu corpo sem forças sobre a cama, passando minhas mãos pelo rosto. Seus beijinhos subiram pela minha barriga e tomaram conta da minha boca me fazendo sentir meu próprio gosto. E daquela boca linda ela sussurrou 'eu te amo minha linda', tudo que eu tinha em mente, toda a tortura que eu planejava pra ela foi por água a baixo, instintivamente me apoderei daquela boca, daquele corpo, da pele branquinha, daquele olhar que me olhava cheio de carinho enquanto seu corpo tremia nas minhas mãos. E realmente era magico, cada detalhe. Coloquei o celular despertar pra tirar ao menos 1 hora de sono com ela, puxei o lençol por cima de nós deitando no peito dela, sorrindo ao escutar sua respiração pesada, ainda se recuperando.