terça-feira, 27 de dezembro de 2011

24 years

Olhei o relógio impaciente louca pra que chegasse logo o horário do almoço, trabalhar em pleno aniverssário não é uma boa, mas tinha que trabalhar né. Olhei o relógio de novo 12:10. Joguei minhas coisas na bolsa olhando pra secretaria 'fecha o caixa pra mim, não to muito bem.'É claro, não iria aguentar mais nem um minuto naquela porra, realmente tecnologia me fascinava, mas não pra ficar o dia todo supervisionando a venda delas, eu queria sei la, algo mais, queria fazer algo como webdesigner, ou desenho industrial, e estava a um fio de largar aquilo e fazer o que tanto sonho. Olhei em volta descendo o degrau da entrada da loja, puxei o maço de Mallboro do bolso e acendi o cigarro sem preocupaçao. Senti alguém apertar minha cintura por traz me fazendo arrepiar, sorri soltando a fumaça. Olhei pra ela tão linda quanto a 5 anos atras, quando nos conhecemos. Seu cabelo agora repicado e preto liso, realmente linda, beijei-a rapidamente antes de terminar meu cigarro, olhei pra bituca quase pequena e a joguei no esgoto me virando totalmente pra ela.

A- Oi, posso saber o que a senhorita faz (olhando o relógio) no teu horário de tralho aqui?
R- Vim te dar meu beijo de parabéns ja que você praticamente fugiu de casa hoje pra mim não te prender na cama. (sorrindo lindamente)
A- Tinha que trabalhar, sabe disso.
R- Mas nâo è sempre que minha mulher faz 24 anos.
A- Precisava lembrar que to ficando velha? (franzindo a testa)
R- Amor eu tenho 28 e você me acha velha?
A- Não ... mas é dif...
R- Não tem nada de diferente, agora seja boazinha e venha almoçar comigo.

Ela me vence no cançaso, realmente não me agradava em nada lembrar que ja estou na casa dos 20, taquipariu 24 anos, as coisas voaram praticamente.

Sentamos na mesa mais afastada, ela pediu algo em coxixos pro garçon e eu mais preocupada com o menu nem percebi nada. Baixei a tabela da frente do meu rosto ao som do seu segundo chamado, em cima da mesa havia uma pequena caixinha envolta em camurça cor de vinho, olhei meio envergonhada sem saber o que dizer, e a peguei na palma da mão. Abri me deparando com um par de alianças lindissimas [ http://28.media.tumblr.com/tumblr_lwv97anm2Z1qi3tb0o1_500.jpg ]. A olhei com uma expressão interrogativa e só vi seu sorriso, pegou minha mão colocando a aliança na minha mão direita, repeti o ato entrelaçando nossas mãos em seguida.

R- Gostou?
A- Amei, só não entendi se isso foi um pedido de casamente (rindo meio boba com a aliança)
R- Se você quer, casamos ... contrato no civil e tudo o mais.
A- Ei calma, muita informação, mas eu vou pensar.
R- Então o que vai querer de presente?
A- Ah amor ja conversamos sobre isso.
R- Fala linda.
A- Se é muito chata viu. Mas enfim, tava pensando em fazer uma tatuagem, que cê acha?
R- Vai fazer o que?
A- Uma coruja nas costas. (mordendo o labio apreensiva com a reação dela)
R- Eu acho uma ótima ideia, vai ficar lindo, e ouvi falar que chegou uma tatuadora na cidade muito foda, a chamam de C. Rotty.
A- Nome bem bolado, enfim ... marca pra mim então, ja que quer tanto me dar um presente.
R- sim meu amor, faço questão de ligar pra la hoje, ai você vê o desenho que quer.

Sorri de orelha a orelha, eu sempre quiz fazer uma tatuagem mas me faltava coragem, e incrivelmente esse ano eu estava corajosa. Dei mais alguns beijos na minha linda e entrei na loja, 13:45 e eu ainda tinha até as 18 pra ficar naquela joça, fiquei olhando alguns sites com desenhos de tatuagens, procurando a minha futura. Era meu aniverssário e eu não tava nem ai, coloquei a secretaria no serviço e fiquei vadiando até o horario de ir embora, antes mesmo de pegar minha bolsa Rafa ja estava na frente da loja buzinando. Peguei a folha do desenho da impressora e sai correndo até o carro. Sentei jogando as coisas no banco de traz e ela me estendeu um cartãozinho com o endereço e o horario da sessão. Quase pirei feito uma criança dentro do carro. Dei um selinho nela e descansei a cabeça no banco, mesmo vadiando naquela loja eu canso. E eu queria saber do que, mas né.

Pensamento no Futuro

Eu fui muito esperta em não ter exagerado na maquiagem, porque chorei muito, minha mãe tava simplesmente perfeita, e o sorriso nos labios dela denunciavam o tamanho do sentimento que ela tinha por Tiago, eu estava feliz, por ela, por mim, por ele ... um cara de sorte. Tudo foi como planejado, nada fora do comum, a não ser pelos olhos curiosos do padrinho do Tiago, olhando minha Rafa como se ela fosse um pedaço de carne a se escolher. Sorri ao encontrar o olhar dele, entrelaçando minha mão na dela. Era bom que as coisas se mostrassem nos seus devidos lugares pra que não haja nenhuma duvidas a quem ela pertence. Sei, sou super ciumenta, nossa ... muito mesmo. 

Enfim aquele dia todo puchado de maquiagem e ultimos detalhes, foi esquecido na festa após a cerimonia. Eu realmente me diverti, paralisada em o quanto ela estava linda, e como o seu sorriso era tão meu. Ela me fazia esquecer que eu não teria Cher de volta, é meio injusto ficar pensando nela nessa nova faze, praticamente morando com a Rafa. Mas eu nunca vou poder negar que o meu amor sempre foi e sempre será da Cher, minha Cher. Se eu não tivesse tanto medo de magoar essa coisa linda que esta ao meu lado, eu iria atras dela, iria até o inferno procurá-la, mas não dá, sei o grande mal que vou faria ao coração da Rafa se fizesse isso, então chega, chega disso. As coisas acabam, sempre acabam.

R- Ta pensando em que amor?
A- Em como vai ser diferente daqui pra frente. (olhando a rua da janela do carro)
R- E o que é diferente pra você?
A- Sei la, estar praticamente casada com você, o que não é ruim, mas eu só tenho 18 anos, e tam...
R- Shiiiiu (tapando minha boca, dividindo o olhar com o transito e meus olhos), tudo vai ser como agente quer, você não vai perder nada por estar 'casada' comigo, agente se gosta e eu vou fazer tudo que você quiser pequena.
A- As vezes eu me pergunto o por que de você ser tão 'tudo'.
R- É só o resultado do teu carinho amor. Só isso.

Sorri tentando esquecer de um passado não tão longe, e a beijei rapidamente, corando enquanto ela me observava furtivamente do banco do motorista.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Pré-Casamento >.<'

Acordei, ainda bebada de sono, fitei o teto pensativa e resolvi nao ir a aula, ja não tinha mais o que fazer no colégio, ja estava mais do que passada, só de pensar no 3º ano me dava um nó no estomago. Levantei pro meu banho matinal, pensando a todo momento como falar com ela, me vesti e catei meu celular caido no chão ao lado da cama. Tremi só de imaginar a voz dela nos meus ouvidos, criei coragem e disquei.

C- Alô?
A- Err, oi, sou eu .. Ana.
C- Eu sei, ce ta bem?
A- Sim, eu ... queria te ver, tem como.
C- Desculpa, não tem mais como, eu não to mais na cidade.
A- Não? Comooo assim?
C- To no aeroporto esperando meu vôo pra São Paulo.
A- Mas, você volta? E a Meg? Vocês não estavam juntas?
C- Não, não volto ... to me mudando pra ca com minha mãe, e eu e a Meg nunca tivemos nada, ela só foi uma boa amiga, você sabe que meu grande amor, que minha vida se resume a ti, mas você escolheu outros caminhos.
A- Não (chorando), volta, agent...
C- Chamaram meu vô, ce cuida meu amor, eu te amo, nunca esqueça.

Ouvi o som da linha sendo desligada, segurei o celular no ar, sem poder ver direito quem estava a minha frente, meus olhos cheios d'água embaçavam tudo, limpei o excesso olhando pra porta, vendo a menina da pele branquinha, que me segurou nos braços, deixando que eu desabasse num choro por alguém que não era ela, mas mesmo assim ela estava ali, comigo, me apertando cada vez mais sobre o seu peito, bagunçando meus cabelos, duas horas de choro e soluços insistentes, nenhuma palavra dita, mas aos poucos seu sussurar de uma canção imaginária foi me acalmando, me fazendo abrir mais os olhos e escutar com atenção a voz daquela que estava ali só pra mim, me protegendo do mundo nos seus braços, dei um meio sorriso subindo no colo dela, me ajeitei como se fosse um bebe, fungando perto de seu cabelo pra sentir aquele cheiro maravilhoso.

Tudo seria diferente sem a Cher, assim como ela apareceu na minha vida, simplesmente se foi, e doía saber que fui eu a causa dela ir, que eu não fiz nada pra impedir. Mas aquele anjo dos olhos cor de mel, me fazia esquecer as dores, num simples abraço, resolvi seguir em frente, seguir sem olhar pro passado, porque querendo ou não, Cher era passado ... por culpa minha, e decisão dela.

As coisas correm e eu nem sei explicar o quão era bom estar com a Rafa, minha mãe as portas do casamento, e meu bebe mais dormia na minha casa no que na dela. Era praticamente um casamento, sorri ao ver minha mãe esperimentando o vestido, perfeito, parecendo uma princesa. Era tudo tão surreal, eu de mãos dadas com a minha namorada vendo a minha mãe vestida de noiva. O melhor era ver o sorriso dela ao ver nossas mãos entrelaçadas, talvez ela gostasse da idéia de que eu não iria ficar tão sozinha, não iria me sentir abandonada por ela, e realmente, ter a 'minha' própria casa, minha lindinha praticamente acordando todos os dias do meu lado, claro tirando a pirralha que vagava furtivamente pela casa, mas graças a Deus ela não ligava pro fato de eu estar no quarto ao lado transando com uma mulher, ou pelo menos não falava nada, o quarto da minha mãe que agora era meu,  era grande e abafava os sons, só se eu gritasse muito alto, o que com ela não era nada impossível (risos), mas era tudo tão perfeito ... tão nos seus lugares, que realmente parecia um sonho.

(...)

Olhei pra porta do banheiro enquanto calçava meu salto, minha namorada perfeita num vestido longo, cinza com detalhes em prata, realmente perfeita [http://heart-crumbled.tumblr.com/post/14722119385], eu como não tenho todo o corpo dela resolvi colocar algo simples, mas que eu acho lindo [http://heart-crumbled.tumblr.com/post/14722111399]. Seria trabalhoso proteger aquela coisa perfeito dos olhares dos homens. Mordi o lábio fugindo do meu devaneio, olhando-a dos pés a cabeça.

A- Vai dar trabalho te proteger assim, tão linda.
R- Não vai precisar, eu sou somente tua linda.

Selei meus labios nos dela, me policiando pra não me perder naquela boca, daria muito trabalho colocar as roupas de novo, e fazer cabelo, etc (risos).

Mother, I'm gay!

Quase dois meses de tormento e eu não sabia o que fazer, eu sabia que tinha feito a pior burrada da minha vida, mas quando eu pensava na Rafa tudo desmoronava, segundo ela eu era importante, não podia ferir os sentimentos dela assim. Mas ao mesmo tempo minha cabeça me acusava, meu coração gritava pela menina de cabelos negros, por aquela pele tatuada, onde só eu conhecia cada linha e cada cor que se emaranhavam nos desenhos lindos que ela tinha, minha Cher, fez de tudo pra me proteger, e o que eu fiz?!! À abandonei, simplesmente a troquei por alguém que claro é importante, mas não tanto quanto ela era. Eu não sai de casa pra não ver ela e Meg juntas, na verdade eu nem sabia se ela tinha cedido aos encantos daquela biscate, mas eu não queria ter certeza. Decidida a tentar salvar algo ainda existente entre eu e a minha Cher resolvi termina com a Rafa, mas não era uma coisa simples a se fazer. Liguei, 3 tok's, 4, 5, 6 e nada ... até quase no 16º tok ela me atendeu esbaforida.

A- Que cê tava fazendo?
R- Eu ... eu tava correndo atras do Larye.
A- Larye?
R- Nosso cachorro amor ... (respirando pesado)
A- Mas você nem me perguntou sobre isso, é bom que ele fique por ai.
R- Você não gostou? Eu ... er, eu posso devolve-lo se quiser amor.
A- Não, claaro que eu gostei, só to com uns problemas na cabeça. Então vem pra cá?
R- Claro, to morrendo de saudades.
A- Ta bom, te esperando linda.

E tive certeza que eu não iria conseguir fazer aquilo com ela, não tinha como, era ferir de mais uma mesma pessoa. Tomei um banho deixando pra procurar a Cher no outro dia, quando eu estivesse mais calma. As três batidinhas na porta eram inconfundíveis, gritei pra ela entrar enquanto eu secava o cabelo. Logo seus braços me envolveram por tras, e um longo suspiro entre meus cabelos molhados me fizeram arrepiar. Me virei me jogando naquele abraço confortavel, roçando meu nariz na pele branquinha dela, quase tão clara que podia se distinguir as veias em qualquer parte do seu corpo. Sorri colando minha boca na dela, num selinho apertado, cheio de saudade. Que confusão essa minha vida eu pensei ainda com a boca na dela. Tudo com ela era tão quente, calmo ... mas quente, parecia que cada toque dela foi criado especialmente pra mim, porque tinham efeitos surpreendentes, e era inevitável não acabar assim, agarradas sem nenhuma peça cobrindo o corpo na grande cama da minha mãe. Seus olhos pareciam buscar algo que eu não sabia o que era, mas vasculhavam os meus de uma forma instigante, tudo tão magico que não percebi nada, apenas uma leve engasgada da porta do quarto, virei vendo os olhos da minha mãe, pulei da cama me enrolando na toalha, jogando o lençol por cima da Rafa. Ela me olhou fechando a porta e saiu. Olhei pra Rafa com um misto de surpresa, medo ... quase apavorada, ela iria me rejeitar? Foi a pergunta que fiz pra Rafa, sem resposta. Me vesti mais que rapidamente levando-a até a porta, um selinho rapido e aquele olhar dela me encorajando, 'vai dar tudo certo amor' foi o que ouvi da boca dela enquanto se afastava.

Virei, fechei a porta e ouvi o barulho do salto dela adentrando a sala, olhei com certo medo, com vergonha, eu diria pavor. Seus olhos fitavam os meus sérios, e eu não conseguia encontrar algo neles que me dissessem o que se passava no coração dela. Foi ela quem cortou o silêncio, tirando um copo de água dos lábios.

G- Quando pensava em me contar que é lésbica? (falando um pouco irônica)
A- Mãe eu ... desculpa, eu só não esperava você vir pra casa, ultimamente você nem fica por aqui.
G- Isso não quer dizer que você possa me esconder as coisas. 
A- Eu ia te contar, mas ainda faltava coragem.
G- Precisa de coragem?
A- Sim, tanta menina que foi expulsa de casa, rejeitada pela familia, eu ... tinha medo.
G- Filha, (largando o copo sobre a mesinha de centro) eu ja sabia, tem meses, mas eu to chateada por você não ter me contado, não vou te rejeitar, não te carreguei 9 meses aqui dentro (acarinhando a própria barriga), e te criei até agora pra te largar nesse mundo preconceituoso.
A- Ce ta falando sério? Isso quer dizer que você (esgasguei), você me aceita?
G- Claro, desde que não me esconda mais nada e essa moça venha se apresentar formalmente.

Corri de encontro ao conforto do abraço dela, chorando sem parar, tentando acreditar em tudo aquilo, suas mãos me apertaram contra seu corpo, afagando meus cabelos, depositando um beijo sobre eles. Ficamos perdidas naquele carinho sem fim, tanto tempo que não tinha minha mãe pra mim, ainda mais sabendo sobre mim, era tão surreal. Escutei ela engasgar ...

G- Ah tem uma coisa (olhando perdida pra janela), não quero que use minha cama pra ... você sabe, pelo menos até eu casar.

Foi minha vez de engasgar 'caca...caaaasar?'

G- Sim, só vou esperar você completar 18 e vou me casar com o Tiago, se você quer ir morar conosco, se não vou deixar você ficar aqui, claro com a supervisão da tua prima do interior que passou pro ensino médio e vai morar com vc.
A- Ah, uma pirralha me supervisonando?
G- Não reclama, se não você vem morar comigo e o Tiago.
A- Ta, ta ... ta de bom tamnho.

Longa conversa que acabou as 2 da madrugada, minha mãe era um tanto curiosa, queria saber detalhes, e eu mais vermelha que um tomate finalizei a conversa 'oras é gostoso assim como deve ser com o tal Tiago', ela corou entendendo que eu não iria dizer mais nada e me beijou na testa me mandando dormir. Deitei na cama digitando um sms sem pressa pra Rafa. 

'ta acordada lindinha?'

Não muito depois recebi a resposta.

'Não, to aqui preocupada com você, me liga'

Liguei pra ela perdendo mais meia hora de um pseudo sono, contei tudo que aconteceu, e sobre as decisões da minha mãe, ela gaguejou quando falei que teria que se apresentar formalmente. Ri sem parar dela, dando um tchau mais que carinhoso e desabei cansada, num sono mais que necessário. Por aquele dia esqeci da Cher, mas eu ainda iria procurá-la.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Surpresas

A Cher foi o meu início, foi quem me mostrou que o amor é ... seja como for, é e sempre será amor ... puro e simples. Mas a vida reserva muitas coisas, e é bem obvio que eu não passaria o resto da minha vida ao lado dela ... eu não acredito em conto de fadas, apesar de estar apaixonada por uma princesa.

Cher foi o meu primeiro amor, mas eu estou inegavelmente, perdidamente apaixonada por essa coisa fofa que dorme agora, agarrada a mim como se eu fosse um tesouro ao qual ela devia proteger. Sorri ao vê-la roçar os labios pelo próprio braço. Abriu apenas um olho, me espiou rapidamente pra logo depois deixar sua voz rouca afagar meus ouvidos.

R- Bom dia linda.
A- Bom dia meu amor.
R- "Amor" ?
A- Sim! MEU AMOR!
R- Fofa.

Tentei aproveitar ao máximo o dia com ela. Mas eu tinha que ir, queria falar com a Cher. Caminhei  até a casa dela já que ela não me atendia. Sentia um arrepio por medo de encontrar ele. Mas foda-se, agora eu sabia que ele era o agressor, e se ele fizesse algo iria direto na polícia. Caminhei pelo gramado e parei ao ver a mãe dela saindo. Estava com bolsas gigantes abaixo dos olhos, aroxeadas e a espressão muito abatida. Me aproximei perguntando pela Cher, e ela começou a chorar como se nada importasse. Deixei ela se acalmar e perguntei de novo.

A- Cadê a Cher?
 - No hospital. (choro)
A- Mas como assim? Por quê?
 - Ela ... ela teve uma overdose, e ... foi violentada ... (chorando muito)
A- Por quem? [ mas eu ja sabia a resposta ]
 - Meu ex marido.
A- Você tava indo pra la não é?
 - Sim ... voo...vocêe vem?
A- Sim.

Talvez eu estivesse sendo egoista, mas não iria voltar com ela. Querendo ou não, o fato dela estar se sujeitando a tudo isso era meu.

Coloquei a mão na maçaneta e abri a porta do quarto com cuidado, com medo de acordá-la. A visão era assustadora, caí num choro calmo me perguntando onde estava a minha Cher. O corpo dela estava pior que o meu quando aquele fdp me ... violentou.


Sentei ao lado da cama pegando a mão dela. Seus olhos abriram com extrema dificuldade e sua mão se apertou contra a minha.

C- A..aamor. (tentando sorrir)
A- Shiuu ... descansa ... vou estar aqui quando você acordar.

Seus olhos se fecharam e ela dormiu. Eu fiquei com ela longas 3 semanas. Mas fiquei. Afinal ela um dia ficou por mim. Nessas 3 semanas a figura mais frequente no hospital além de mim e a mãe da Cher era a Meg. Eu não entendia a presença dela la. Mas fazia bem a Cher, toda vez que ela vinha a Cher sorria mais, tagarelava feito uma idiota.


No dia da auta eu esperava ela do lado de fora, e a Meg veio falar comigo.

M- Você vai voltar com ela?
A- Não, por que?
M- Porque eu quero cuidar dela, de todas as formas.
A- Eu não entendo teu apego nela.
M- Eu me apaixonei por ela desde o primeiro dia de aula.
A- Mas você disse que era de mim que tu gostava.
M- Como amiga! Mas eu fui falsa confesso, tentei separar vocês, e consegui, mas ela não quiz saber de mim até 2 meses atras.
A- Nossa u.u (ela tava me traindo que maravilha)
M- Desculpa eu sei que errei. Mas agora você gosta de outra. Então ... me deixa cuidar dela?
A- Isso não sou eu que escolho, mas se for fazer bem a ela, você tem minha aprovação, meu apoio. (se é que precisa disso)
M- Brigada Aninha.

A morena de olhos azuis antes minha, saiu olhando pra nós. Me aproximei dando um beijo em sua bochecha e disse que tinha que ir. Deixei-as sozinhas e fui pra minha casa, saudades de lá, da minha mãe, da minha Rafa. Pensei a caminho ... "Talvez dê certo! Talvez faça bem a ela!" Cruzei o indicador com o medio, tentando trazer positividade.


É o que eu espero...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ATENÇÃO LINDAS!

Bom como algumas não sabem, vou repetir ... a fic ta chegando ao fim, nos próximos posts o fim de todo esse rolo vai ficar bem evidente, não sei se vcs vão gostar do que eu to escrevendo ... mas é bem claro que nem sempre temos final felizes pra todos. Por tando leiam e não me matem, ok? 


E também to aqui pra deixar meu msn 
[ jhudy_skate@hotmail.com ] caso vocês queiram ficar informadas pras próximas fic's, que não seram postadas no Blogspot e sim no Nyah.

( Ao me add, se indentifiquem, digam que são do blog )


Beijos lindas ^-^

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Me leva daqui!

Olhei em volta tentando desfazer a dor de cabeça que me encomodava, meu corpo bem acomodado na cama dela, perdido entre os lençois, me encontrava só com a blusa e minha calcinha, minha calça perfeitamente dobrada sobre o bidê ao lado da cama. Abri mais os olhos, me apoiando nos cotovelos, vi sua cabeça recostada nos pés da cama, seus braços imitando um travesseiro por de baixo das suas bochechas, e o resto do corpo largado no chão, me bateu uma pena, dela ali daquele jeito. Desci me posicionando atras dela, puxando suas costas pro meu peito, apoiando sua cabeça no meu ombro. Devia estar cansada. Passei a mão pela extensão da franja dela, num carinho repetitivo.

A- Amor acorda.
R- Que foi? (falando rouca)
A- Vem pra cama, ta toda torta ai.

Segurei-a entre meus braços a puxando pro meu colo.

A- Me ajuda por que não sou tão forte assim.

Ela se pôs levemente de pé jogando as costas na cama. Engatinhei até o travesseiro e a puxei pra cima, deitando-a no meu braço.

R- To tão gorda assim?
A- Não linda (sorri) , é gostosa. Só que eu sou fraquinha mesmo.
R- Ta bom então. (passou a mão pelo meu rosto) ... você ta bem?
A- Melhor ... eu não sei o que pensar, to me sentindo uma idiota, ela ... ela tentando me proteger e eu ... eu fui la e acabei com agente.


Ela fechou os olhos, engolindo um suposto choro, tentando disfarçar. Mas eu sentia que ela poderia desabar.

A- Ta tudo bem, to aqui com você.
R- Eu ... axo que você deve dar uma chance a ela.
A- Mas ... e nós, cê ta desistindo?
R- Não, mas você não me ama.
A- Para de falar bobagem, eu gosto de mais de você, ultimamente bem mais do que a Cher.
R- Só não quero me machucar.

A porta da frente fez um barulho e logo a cabeleira loira de Leticia apareceu no quarto, distraida, tagarelando algo. Quando viu agente. Ela não disse nada, largou as sacolas que tinha em mãos e saiu, batento a porta em seguida. Ouvi a Rafa resmungar 'ÓTIMO'. Sentei na cama colocando uma perna da calça, afim de ir embora dali logo. Ela fez a volta na cama, se ajoelhando na minha frente.

R- Onde cê vai?
A- Embora, vocês duas precisam conversar.

Sua mão subiu pro meu rosto, e seu corpo avançou sobre o meu, tudo que eu ainda falaria foi calado pela boca dela, naquele beijo que me tirava do ar. Foi empurrando com os pés a minha calça, me deixando só de calcinha de novo.  Fugi da boca dela, tentando respirar, enquanto a boca dela descia sem pudor nenhum pela minha barriga, chegando ao meu sexo. Tentei abrir a boca pra protestar, mas ela puxou minha calcinha pro lado, e ao toque da lingua dela eu estremeci e minha boca só se abriu pra soltar gemidos frequentes. Meu corpo parecia entrar em nostalgia, eu não conseguia controlar meus movimentos na lingua dela, nem meus próprios gemidos. Só lancei minhas mãos aos cabelos dela, a puxando mais ainda pro meu sexo, a fim de que ela limpasse tudo que agora explodia de mim, num orgasmo inesperado e maravilhoso. Larguei os corpo ofegando na cama, e ela veio engatinhando em cima de mim. Me olhando de uma forma que não tive escolha a não ser continuar pela manhã a fora o que ela tinha começado.