Meu estomago revirou ao ver aquele projeto de filha da puta agarrada na Rafa como se fosse um carrapato. Se eu não tivesse controle sobre mim, eu tinha esfregado o nariz dela na mesa. Aqueles beijinhos de praxe já mostraram a ela que eu não tava nem um pouco feliz com aquela situação, pois a loira fdp ficou me olhando por longos 2 minutos e eu simplesmente sentei, fingindo que ela não existia.
A única coisa boa daquela merda era a comida, que tava realmente boa. Mas depois com o estomago cheio e toda aquela merda sendo esfregada na minha fuça me deu nojo. A Cher não fazia nem questão de esconder a empolgação com a tal da ‘Leticia’ e a Rafa o tempo todo me olhando. Era como se os casais estivessem trocados. Meu celular vibrando que nem louco. Mas é claro que era ela : Rafa.
Olha pra mim!
Sem muito querer perder tempo com aquela brincadeirinha dela respondi, curta e grossa.
Vai se fude meu.
Mas é claro que ela não ia desistir, meu celular piscou de novo.
Olha eu to indo no banheiro e vou te esperar la, espero realmente qe vc tenha bom senso e va la falar comigo. Prq essa tua infantilidade ta me dando nojo!
Ela não disse uma palavra, só fez um gesto pra Leticia que iria ao banheiro.
L- Tem problema não amor, eu vo fica aqui conversando com a Cher e a Ana.
A- Eu também vou.
C- Ta bom então.
Sinceramente ou são muito cegas ou não querem ver o que era tão obvio. Sei la eu quando faço coisa errada fico paranóica. Sai acompanhando os passos dela com a cabeça baixo. Até passar pelo batente da porta do banheiro. Caminhei até o espelho ajeitando o cabelo. E ela impaciente caminhava dum lado pro outro no banheiro. Aquilo realmente tava me irritando.
A- Vai abrir um buraco no chão... (olhando despreocupada pro espelho)
R- O que você quer? Por que esse jantar?
A- Eu só quero saber uma coisa ... eu ... só fui uma diversão né?
R- Você ... não ... eu (suspirando apoiada na pia)
A- Ta tudo bem, era só isso (saindo em direção a porta)
Aquela mão que me deixou louca naquele dia, voou pelo meu braço me puxando, me deixando entra ela e a pia. Aqueles olhos, aquela boca. Parecia ter certa resistência em me tocar em olhar nos meus olhos. Até que sua mão subiu trêmula até a minha bochecha.
R- Eu não usei você. Jamais seria capaz de fazer isso contigo. Com você não. Eu só não sei o que fazer, achei que esse mês que fiquei longe iria levar embora todo esse meu lado frágil, mas frágil só perto de você. Eu tenho medo, medo de ficar perto de ti. Eu ... (lagrimas) nunca me apaixonei, nunca amei ninguém ... até aparecer você.
Eu não sabia o que fazer, simplesmente a abracei sentindo meu ombro molhar com as lagrimas dela. O coração dela batia descompassado, leves soluços começaram a aparecer. E foi ai que me dei conta de que o tempo tava correndo, e que por mais tapadas que aquelas duas la fora fossem, elas iam vir atrás daqui a poucos minutos. Pois já fazia muito tempo que estávamos ali. Perdidas naquele abraço sem fim.
A- Agente tem que voltar. Eu vou dizer que to com dor de cabeça e vou embora. Quando eu te ligar você vai la pra casa, ta bom?
R- Tudoo bem. (limpando o rosto)
Saímos como se não tivesse acontecido nada, e aquelas duas só faltavam subir na mesa, uma na direção da outra. To nem ai, que se foda, a Cher não é mais a minha Cher. Não faz mais sentido. E todo o meu teatrinho funcionou, 20 minutos e eu tava em casa, claro com a Cher.
C- Por que você ta assim comigo? (me abraçando por trás)
A- Sai Cher, não quero conversar, quem sabe você não vai la dormir com a Letícia?!! (falando com desdém)
C- Ah não, não vai começar com essa palhaçada de ciúmes né?!!
A- Ok, se é palhaçada vai embora, alias cadê minha carteira?
C- Ta na minha bolsa, pega lá.
Não só achei minha carteira como também duas trouxinhas de um pó identificado, pelo menos eu não sabia o que era e um par de seringas. Peguei tudo olhando abismada. Virei pra ela.
A- Que porra é essa?
C- São remédios da minha mãe (tomando da minha mão e colocando de volta na bolsa,
nervosa)
A- Tu acha que eu sou idiota? Realmente ta me trocando por uma droga.
C- Eu não to te trocando. (baixando os olhos)
A- Ah não? Meu olha pra ti, ta emagrecendo, não come mais, pelo menos eu não vejo. Prefere muito mais estar na tua casa do que aqui comigo. Ta cada vez mais agressiva. Por favor vai pra tua casa e pensa nisso ta.
Sai empurrando ela porta fora, sem nem querer escutar o que ela tinha pra dizer. Até por que tava na cara. Não tinha o que explicar. Era frustrante estar sendo trocada por uma droga. Eu queria tanto a minha Cher de volta, aquela meiga dos olhos lindos, que me conquistou, que era sensível, doce, atenciosa, romântica. Mas infelizmente essa Cher não existia mais. E doía de mais estar perdendo ela.
Minha voz não queria mais sair, aquela estranha sensação na minha garganta, queimando. Olhei pra cima piscando os olhos, tentando conter o choro que logo mais tarde viria. Digitei sentada no chão da cozinha, escorada no armário.
Vem pra ca? Preciso de ti. Rapido.
Cada vez mais perfeito *-* A Cher ta doida hein, fica fazendo merda e nem percebe que ta perdendo a Ana. Tomara que a Ana fique com a Rafa mesmo u__u
ResponderExcluircomo sempre emocionante e viciante
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