(Rafa)
Fui sendo arrastada por aquelas mãos rápidas da minha mulher, só vi que havíamos chegado quando ela me empurrou contra a parede fria ao lado do box. A saudade devia ser grande pra tudo aquilo, ao menos ela não iria desconfiar de nada do que fiz no escritório. Sorri de lado quando as lembranças quiseram tomar conta da minha mente ... mas mordi o lábio esquecendo-as no mesmo instante que os dedos de Ana foram passeando numa pressão gostosa pelo meu sexo.
Ficamos naquele banho cerca de 1 hora, o banho em si levou menos de 10 minutos, o resto foi só mãos, mordidas, chupões e orgasmos sem fim. Era assim no começo do nosso relacionamento, e eu não sabia como essa chama havia reacendido, mas tinha gostado.
R- Que você tem hoje?
A- Saudade, não pode?
R- Claro branquinha ... mas cuidado, não tenho o mesmo pique de 5 anos atras.
A- Vai me negar fogo?
R- Não, mas pega leve, eu trabalho amanha sua pervertida.
Senti ela me agarrar por trás enquanto eu fuçava despreocupada nas sacolas do mercado, seu corpo nu roçava nas minhas costas cada vez que ela se colocava nas pontas dos pés pra espiar dentro delas. Sorri e fiz todo aquele ritual anterior aos shots de tequila e fui pra sala. Tomei um deles ainda de pé perto do sofá e estendi a mão com o outro pra Ana.
A- Não quero beber.
R- Ah vai, só um.
A- Ta sua chata.
Ela tomou e franziu o nariz do jeitinho mais sexy que eu já vi na vida, ela era linda, linda mesmo. A peguei pela cintura e fui empurrando pro quarto com a lata de leite condensado em mãos, derramei um pouco no ombro dela que escorreu por suas costas em direção aquela bunda gostosa. Grudei-a contra a porta do quarto e fui percorrendo minha língua pelo caminho que o leite condensado fez, sentindo ela suspirar assim que minha língua tocou sua bunda, ri baixo e distribui pequenas mordidas por toda a extensão dela.
A- Pra que tanta tortura?
R- Porque eu to afim, e to bem má hoje, e quero que você se cale e pegue o bob.
Seus pelinhos se eriçaram um por um ao toque da minha voz próxima ao seu ouvido. Sabia que ela gostava disso, e fazia muito tempo que não brincávamos desse jeito, forte e pegado. Ultimamente era bem arroz com feijão pra falar a verdade. A vi caminhas até o guarda roupas e retirar o cinto de dentro da caixa, assim que ela se virou pra trazê-lo eu sorrio maliciosamente e falei em tom duro.
R- Quero que traga de 4, feito uma cadelinha.
Ela engatinhou o mais sedutora possível até mim e sem que eu pedisse foi subindo com beijos e mordidas pelas minhas coxas e afivelando o cinto em mim. Era deliciosa a imagem dela ali de joelhos na minha frente, pronta pra qualquer ordem. Suspirei segurando-o em punho e passando lentamente ele pelas lábios dela, ela os entreabria devagar como se estivesse prevendo que eu fosse socá-lo pra dentro dela. Segurei o queixo dela com o polegar e coloquei calmamente ele dentro da boca dela, pedindo em uníssono pra que ela chupasse. Adora a forma como ela me obedecia, prontamente. Sua língua passeava por toda a extensão dele, melando tudo, subia lentamente e colocava todo ele na boca até engasgar, ai ela sorria pra mim lambendo o próprio lábio
Não aguentei toda aquela cena, se eu fosse homem com certeza teria gozado na boca dela, mas não sou. Desci minha mão até os seus cabelos e os enrolei no meu punho puxando pra cima até ela alinhar o rosto com o meu. Passei meu indicador pelos lábios dela sentindo a textura inconfundível deles. Sorrio largamente a virando de costas pra mim com o peito contra a parede. Fui distribuindo infindáveis mordidas por toda as costas dela enquanto ia esfregando ele pela bunda dela.
R- Me diz o que você quer.
A- Quero que me foda, do jeito que quiser, bem forte, agora antes que eu te mate.
R- Quanta agressividade.
A- Cala boca Rafaela e me come logo.
Sorri e sustentei uma de suas pernas com a minha mão, deslisando ele pela entradinha dela, havia muito tempo que não usávamos ele. Fui empurrando de vagar, escutando a respiração pesada dela se embolar na garganta quando o tinha colocado todo. Mordi o lóbulo da orelha dela e sussurrei baixinho "Tudo bem?". Mordi meu lábio quando a senti se empinar e fazer ele entrar mais ainda, essa era a resposta. Comecei um vai e vem lento, segurando firme em sua cintura. Ela rebolava freneticamente com as mãos e o rosto grudados contra a parede, seus gemidos me deixavam cada vez mais pirada e eu pela 3ª vez em 5 anos gozei sem que ela me tocasse, senti minhas pernas vacilarem e suas mãos agarrarem forte os meus cabelos enquanto eu tremia colada nela.
A- Tudo bem?:
R- Melhor impossível.
A- Então continua que eu também quero gozar sua egoísta.
Assim que ela falou voltei minhas atenções pra ela, socando com vontade nela, subi minha mão espalmada pelas costas dela e desci com as unhas pressionadas contra a sua pele, sorrindo largamente com a marca linda e gigantesca que ficou. Assim que minha mão chegou na altura da bunda dela e eu espalmei a mesma naquela pele branquinha, escutei seus gemidos intensificarem e abafarem de uma hora pra outra enquanto ela tremia loucamente contra o "meu" pau. Assim que terminou escutei ela puxando o ara com extrema dificuldade, vacilando fraca contra a parede. Retirei o cinto e a levei no colo até a cama e acabamos dormindo daquele jeito mesmo.
Abri meus olhos co o barulho irritante do despertador, olhei pro lado e gritei quando vi que estava a mais de 1 hora atrasada pro trabalho. Me levantei e fui correndo tomar banho, me vesti o mais rápido possível e só ai vi que Ana me observava sentada nua na cama.
A- Que alvoroço é esse?
R- To atrasada graças a você e esse rebolado delicioso.
Suas bochechas coraram e eu me inclinei sobre a cama pra beijá-la. Suas mãos foram direto pra gola da minha camisa e sua boca ficou assanhada de repente.
R- Não baby, to atrasadíssima, fui.
A- VACA!
R- Mas você ama.
(...)
Não tive noticias de Ana ontem o dia todo, mal consegui dormir com aquela merda de saudade apertando meu peito. Levantei cedo porque tinha uma tatuagem marcada pra fazer, eu nem tava com cabeça mas precisava pagar as contas né. Cada traço que fiz foram pensando nela e na ultima tarde que ela veio aqui. Será que ela tinha se decidido pela Rafa? Engasguei com aquele pensamento e sorri pra minha cliente.
C- Olha, por hoje chega ... cê volta aqui daqui 2 semanas pra gente pintar, ok?
- Aham.
Tomei um banho rápido e me joguei só de cueca na cama, olhei pro meu celular e disquei o numero dela. Sabia que não podia ligar por causa da Rafa, mas foda-se eu queria ouvi-la. Chamou um bom tempo até que ouvi a voz rouca e sonolenta dela do outro lado da linha.
C- Amor? Cê tava dormindo?
A- Puta merda, tu é louca, a sorte que a Rafa já foi trabalhar. E sim estava dormindo.
C- Credo que mau humor.
A- Desculpa, é que ... ah tu sabe que não gosto que me acordem.
C- Eu sei, enfim. Quando vai vir aqui? To morrendo de saudade.
A- Vou tomar banho e daqui 1 hora to ai, pode ser?
C- Pode, cê não vai trabalhar hoje?
A- To de folga.
C- Ata, enfim to te esperando.
A- Ta bom, vou pro banho, e ei ... te amo.
C- Eu te amo bem mais.
A saudade era tanta que eu parecia uma criança hiperativa, andando de um lado pro outro dentro de casa. Mas quando ela finalmente chegou, nossa meu dia iluminou. Não preciso detalhar tudo que fizemos, mas próximo as 15 da tarde estávamos agarradas exaustas no chão do meu quarto, eu só de cuecas e ela nua. Ela como sempre naquela mania de contornar minhas tatuagens com os dedos, eu achava engraçado. Acordei do meu devaneio olhando pra ela assim que a campainha inundou os meus ouvidos.
A- Cher, a campainha ta tocando.
C- Hã? Ah, perai, já volto.
Joguei uma camiseta qualquer no corpo e fui até a porta, quando abri não acreditei no que vi, nem mesmo ela deve ter acreditado.
C- Rafaela?
R- Cher? O que? Mas, espera ... você é a tatuadora?
Ergueu o meu cartão e eu assenti com a cabeça.